Tóquio 2020-21

Leitura labial

A seleção feminina de vôlei do Brasil entrou na Arena de Ariake, na capital do Japão, para enfrentar a seleção do ROC. Quem está acompanhando as Olimpíadas de Tóquio provavelmente já se deparou com essa sigla nada familiar. Essa abreviação designa o Russian Olympic Committee (Comitê Olímpico Russo em inglês). (Cabe aqui um breve parênteses: em 2019, a Agência Mundial Antidoping (WADA) baniu a Rússia de todos os esportes internacionais

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Cheiro de atleta

O SporTv apresenta um programa diário antes de começar as transmissões do dia (noite aqui) dos jogos do Japão: “Ohayo Tóquio” (Bom dia, Tóquio). É comandado pelo jornalista Marcelo Barreto e pelo treinador Bernardinho, com participações de um time de comentaristas para cada modalidade, geralmente ex-atletas. No dia da prova de revezamento dos 4 x 100 metros do atletismo, um dos comentaristas era o ex-corredor Claudinei Quirino, medalha de prata

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Olimpíadas – uma crônica com bom-senso

Costumo ver a abertura dos jogos olímpicos, as delegações como se apresentam, algumas com um número absurdo de atletas, outras com um atleta só. Antes, usavam conjuntos esportivos que chamávamos de abrigo; hoje usam ternos impecáveis ou túnicas, batas e turbantes, chapéus, camisas floridas ou o que represente o traje típico de cada país. Desfilam carregando, junto com a bandeira, o sonho – ser o melhor do mundo. Onze mil

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O SKATISMO COMO EXPERIÊNCIA DO COMUM

Em minha crônica “Gentes do Mundo”, desejei que a utopia conciliadora totalizante (não totalitária) das Olimpíadas ao menos idealizasse criticamente o esboço do comum, dos comuns. É possível que o skatismo seja esse esboço ou tenha se apresentado, ao menos, como esse esboço. Um dos princípios de atuação e vivência skater é a camaradagem. Aqui a noção de camarada não tem a tonalidade político-ativista própria que a arqueologia dessa figura

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O que, afinal, combinamos com os russos?

Madrugada aqui no Brasil, qualquer horário lá na Rússia que não me importa qual, porque havíamos combinado com os russos de que nos encontraríamos em quadra em Tóquio, mas no horário japonês. Combinamos, também, com os russos que entraríamos com o nosso time dourado, iniciando a partida com Bruninho, Wallace, Leal, Lucão, Lucarelli, Mauricio e o líbero Thales, mas que se fosse preciso e necessário, como assim o foi, teríamos

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Na expectativa dos Jogos Paralímpicos

Enquanto aguardamos as finais do futebol masculino, da Bia e do Hebert no boxe, todos três candidatíssimos a dourar essa espetacular trajetória da nossa delegação, leio que os atletas paralímpicos começam a chegar a Tóquio. Fiquemos apenas na expectativa desses três e curtamos os últimos dias dos Jogos sem pensar em medalha, pois nas demais modalidades, não sei, não. Da onde não se espera é que não costuma vir nada,

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DUAS MEDALHAS, UMA DE BRONZE E UMA DE PRATA.

Chato é essa dor nas costas. Estranhei a cama do hotel. Bebida gratuita no avião, jantar de bacana no quarto e o resultado: uma noite mal dormida. Tudo isso eu estou enfrentando atleticamente. Não poderia ser diferente, né? Medalhista olímpico como velocista, no 4×100 metros. Uma de bronze, uma de prata. Por isso estou aqui. Fui convidado para falar na abertura dos Jogos Universitários de Rio Branco. Fazia bem uns

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O sol brilha como o sorriso inocente de Rayssa Leal

As nuvens cinzas se espalham pelo Globo; a desesperança nos empurra ladeira abaixo; a fé parece algo distante, ópio de poucos; o medo torna-se banal, cotidiano, ingerimos no almoço, com arroz e feijão; os cadáveres sussurram palavras distantes, linguagem fragmentada, estatísticas que fingimos escutar. Em outro mundo, os pássaros regozijam-se entre a música Clássica e o Baile de Favela de Rebeca Andrade; o Sol brilha como o sorriso inocente de

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O que Karen Janz botou na mesa

A tsunami de emoções que vem do Japão direto para nossas madrugadas traz na espuma alguns objetos interessantes de razão e reflexão. É nítido que os Jogos estão revelando mudanças de comportamento, ora dentro de sua própria estrutura olímpica, ora com efeitos na evolução da humanidade. Há quebras de recordes e paradigmas. Reparem as modalidades estreantes. O surf e o skate chegaram para ficar e suas manobras radicais carregam novos

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Os cara é grande mas nós é ruim

Antes que me crucifiquem por assassinato da língua portuguesa, esclareço: tomo de empréstimo a fala de uma personagem do filme Meu nome não é Johnny, Mário Lima (2008). A ideia veio do nadador Bruno Fratus que a repetiu, com muito humor, para não se abater diante dos que citavam os seus 1,87m de altura como dificultador para bons resultados olímpicos como os alcançados pelos gigantes velocistas Florent Manaudou (1,99m), Nathan

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