Clara Arreguy

Crônicas publicadas no projeto.

Recorde de avacalhação

Vou te contar, foi uma avacalhação. Uma Olimpíada durar cinco meses? Essa durou. Sem um relatório oficial do ocorrido nos Jogos? Não pode, mas aconteceu. E começar sem cerimônia de abertura, sem um desfile, qualquer coisa solene marcante? Não deveria ser assim, mas te garanto que foi. Então, você dirá, essa coisa atrapalhada só pode ter sido num país bem fuleiro, subdesenvolvido, certamente no Terceiro Mundo, em alguma cidade pobre,

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Cumprida mais uma etapa de aprendizado

E acabou mais uma edição dos Jogos Paralímpicos, essa de Tóquio, em que o Brasil bateu recordes sobre recordes, fez sua melhor apresentação, ficou em sétimo lugar, ultrapassou as 100 medalhas de ouro, superou-se a si mesmo e todos os percalços possíveis. Quatro anos atrás, estava eu no Rio de Janeiro cobrindo os jogos passados quando recebi a notícia da morte de um grande amigo. As emoções todas se misturaram,

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Resultados de uma “década”

Esta aí da foto é a Silvânia Costa, a sul-mato-grossense que levou uma medalha de ouro hoje no salto em distância para cegos, saltando 5 metros. Não é fichinha, não é abobrinha. É alto desempenho. Veterana em conquistas, Silvânia ajudou o Brasil a subir mais alto no quadro de medalhas e mostrar a sua força. Mas não é apenas a força de vontade, o espírito de superação e disciplina que

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Braçadas de campeões

Os Jogos Paralímpicos começaram e o Brasil chegou chegando. Desculpem-me, mas como cobri a edição brasileira, em 2016, vou voltar a ela muitas vezes aqui, pois foi uma das coberturas mais marcantes da minha vida de jornalista. Fiquei uma semana no Rio, atravessando diariamente a linda capital fluminense até a Cidade Olímpica pra invariavelmente me emocionar. E um dos motivos maiores de tanta emoção era sempre a natação. Não sei

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Tu vens, tu vens, eu já escuto os teus sinais

Uma das coisas mais legais que ouvi nestes Jogos Olímpicos foi a Pia, técnica do futebol feminino, tocando e cantando “Tu vens”, do Alceu Valença, música que aprendeu no convívio com nossas atletas, com os brasileiros que desconhecia. Que mulher incrível, essa Pia! E ainda tem gente que pensa que lugar de mulher é na pia, na outra, a da desvalia. Nunca como agora as mulheres disseram a que vieram.

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Você já foi à Bahia, nego? Não? Então vá

O que é que a Bahia tem, o que é que a Bahia tem… Tem Dani, de ouro, tem. Tem Hebert de ouro, tem. Isaquias de ouro, tem. Ana Marcela de ouro, tem. Formiga e Rafaelle tem. Tem Bia Ferreira, tem! O que é que a Bahia tem? Tem preconceito adoidado, tem. Tem fama de preguiça, tem. Incomoda como ninguém! O que é que a Bahia tem? Poeta Castro Alves,

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Na expectativa dos Jogos Paralímpicos

Enquanto aguardamos as finais do futebol masculino, da Bia e do Hebert no boxe, todos três candidatíssimos a dourar essa espetacular trajetória da nossa delegação, leio que os atletas paralímpicos começam a chegar a Tóquio. Fiquemos apenas na expectativa desses três e curtamos os últimos dias dos Jogos sem pensar em medalha, pois nas demais modalidades, não sei, não. Da onde não se espera é que não costuma vir nada,

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O esporte e os paradoxos humanos

Aos poucos vai chegando o tempo em que o esporte, finalmente, se encontra, se percebe, como parte do ser humano. Tão potente quanto qualquer expressão artística, a física tão significante quanto a filosofia, a metafísica. Sujeito a todas as determinantes que regem a vida em sociedade, como a sociologia, a política, a economia, etc. Preâmbulo ditado pela observação de que o sofrimento mental e os abusos vividos pela Simone Biles

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O que diz Rebeca Andrade

Quando a gente participa de um projeto como o Crônicas Olímpicas, ao lado de craques do país inteiro, o maior temor é repetir o que todos já disseram. Por isso tento fugir dos temas mais quentes e mostrar um olhar enviesado, pra algum detalhe no qual ninguém está prestando atenção. Mas hoje, depois que acordei às 5h45 pra ver o ouro de Rebeca, como fugir daquela pra quem todos os

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De BH pro mundo, o Minas

Quando eu era pequena em Belo Horizonte, a gente era sócia do Minas. O famoso clube ocupava dois quarteirões no bairro de Lourdes (ocupa ainda), com piscinas, quadras, restaurante, ginásio, um mundo de atrações esportivas e culturais no coração da cidade. Ao mesmo tempo, como meu pai era funcionário do Banco do Brasil, frequentávamos também a AABB, cuja sede campestre ocupava na Pampulha uma vasta extensão cercada de bosques, campos,

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