Paris 2024

Susto, sorte, habilidade

Em vez de medalha, a quarta-feira feira nos trouxe um cartão vermelho e uma decepção seguida de alívio. Perdemos da Espanha, Marta foi expulsa e o time ficou na dependência de outros resultados. Daí, a sorte nos garantiu a presença nas quartas de final. É meio sem graça depender do destino, dá uma certo desgosto, parece não merecido, mas é o que temos. Quem sabe o susto sirva para a

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A mais velha

Parecia uma terça-feira qualquer. Mas no meio do dia havia as imagens da Arena Bercy em todos os canais. Depois de assistir ao espetáculo que levou a equipe de ginastas brasileiras ao bronze de ouro, eu não conseguia me desligar das notícias. Chamou a minha atenção o uso repetido da expressão “a mais velha”, como qualificação de Jade Barbosa. Ora como o estereótipo da irmã que carrega o sentimento de

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Deja vu

Voltemos ao início dos anos setenta (sim, alguns de nós, dinossauros, ainda estamos por aqui!). O Brasil era mais um “primo pobre” no cenário global dos esportes. Algumas boas vitórias no futebol, no basquete, alguns destaques individuais meritórios que a pátina do tempo faz questão de esconder, e só. Havíamos tido alguns medalhistas olímpicos, mais por méritos próprios e individuais, do que, propriamente, por força coletiva de nossa gente. Produzimos

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Vencer é preciso, perder não é preciso. Uma ode ao perder.

O que nos cativa no esporte é essa superação dos limites. Uma disputa interna contra o corpo e a mente. Além da diversão e da saúde que isso nos traz. Tem quem não goste. E tem que é viciado. O que ninguém pode negar é que esporte é uma coisa que faz parte da vida. Seja ele uma prática amadora ou profissional, um objeto de admiração ou repulsa. O maior

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Um olhar antigo

Falo em olhar antigo na esperança de que ninguém o chame de antiquado. Sei do risco, o mundo está – talvez como sempre esteve, a não ser pela velocidade de hoje – mudando, o que antes eram favas contadas, agora não passa de uma possibilidade. Comecei a crônica com uma frase que bem poderia ser a de conclusão, mas é preciso deixar os leitores avisados, o cronista aqui é um

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0,234 (a matemática de uma medalha)

Se a vida é um suspiro, o esporte é seu palco favorito. E que palco! O,234 foi a distância que separou o Brasil da Grã-Bretanha na ginástica artística, esse esporte onde o erro é sepulcral, pecado mortal e onde a perfeição é uma deusa cruel e caprichosa, para lá e para cá. Veja se eu não estou com a razão, se não é verdade, se não vivemos um mundo marcado

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Jade, uma ode às Mulheres

Jade é uma das pedras preciosas. No mundo dos minérios, ela traz sorte; nas Olimpíadas, medalha. Um bronze que representa o ouro; a conquista dourada construída por mais de 20 anos de resiliência, formação e excelência. Reza a mitologia grega que os Jogos Olímpicos nasceram com Hércules em homenagem a seu pai, Zeus, nos idos de 2.500 a.C. Mais adiante, já em 776 a.C., contam os filósofos que as Olimpíadas

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DE BRONZE E DE GÁRGULAS

Será que, em plena Olimpíada, nós, brasileiros, voltamos à Idade do Bronze? Conhecido como o último período da Pré-História, a Idade do Bronze caracterizou-se pela descoberta dessa mistura metálica de estanho e cobre. Não estranhe o leitor, este texto não cobre árida matéria de História ou Química: quero é fazer uma liga com as medalhas de bronze que o Brasil tem ganho nos Jogos Olímpicos. O Brasil, principalmente no futebol,

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Ouro em consumo

As Olimpíadas foram criadas para atletas amadores. A beleza dos Jogos é a união de povos em uma competição limpa, com fairplay, sem violência. Olimpíada não é guerra por medalhas. No entanto, o que se vê em transmissões de TV, e outras, é o oposto: um ufanismo barato, beirando o jeca. A patriotada televisiva dá o tom em Paris. Tudo bem, ânimo e amor pelo país é justo e desejável.

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De quem é a culpa?

Paris, que já me deu tantas alegrias, agora só me faz sofrer. Me faz acordar quase de madrugada, ligar a TV e contemplar sua beleza com a Eiffel lá no fundo e as competições dos Jogos Olímpicos rolando soltas por todos os lados da Cidade Luz já desperta, com pessoas de todos os cantos do planeta na maior alegria circulando pelo cartão postal. Tomo um cafezinho pra espantar o sono

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