Alexandre Brandão

Crônicas publicadas no projeto.

Como é que isso tudo começou?

Os jogos olímpicos e seus recordes me deixam estupefato, já os paraolímpicos (1), vexado. Confesso que a vergonha passa à medida em que penso como a humanidade, entre tantas aberrações, tem seus momentos de esplendor. A pessoa que tem alguma deficiência e se torna atleta é um deles. Chico Buarque tem aquela música que brinca com os antigos almanaques, publicações com pequenos textos versando sobre tudo. Me lembro especialmente dos

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Alguns tipos de torcedores

Sabichão: conhece todas as regras, de todos os esportes, e o olhar, apurado, é de juiz. Costuma ser chato, por isso os amigos o mantêm bêbado. De ocasião: nunca se liga em esporte. No domingo, quando estão todos vendo futebol ou basquete ou vôlei, se entretém com memes na internet, com telefonemas para velhos amigos, com umas nostalgias que até doem. Mas nas Olimpíadas, vê de ginástica artística a golfe,

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Brasileiras entre deuses

Hoje foi um dia intenso, seja o olímpico, em Paris, ou o meu no qual travo minhas guerras de Troia, sem que haja uma Helena que a justifique. Para ser sincero, existe uma Helena, minha filha, mas não é ela que me joga nas batalhas, ao contrário, ela me tira. Mas vamos ao dia olímpico. Aliás, não sei como começou. Derrota no vôlei feminino de praia? Ou isso foi ontem?

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Um olhar antigo

Falo em olhar antigo na esperança de que ninguém o chame de antiquado. Sei do risco, o mundo está – talvez como sempre esteve, a não ser pela velocidade de hoje – mudando, o que antes eram favas contadas, agora não passa de uma possibilidade. Comecei a crônica com uma frase que bem poderia ser a de conclusão, mas é preciso deixar os leitores avisados, o cronista aqui é um

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Vive la tolérance!

Abertura de grandes eventos sempre gera polêmica, mas, até um tempo atrás, em torno da beleza. No máximo se falava em ter chovido no molhado, quer dizer, num evento como o das Olimpíadas, quando o país conta um pouco de sua história, explora sua cultura, isso aconteceria se o show só mostrasse o óbvio. No caso da França, seria, por exemplo, explorar apenas o can-can ou, de forma linear e

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O cronista transparente

Quando a grande polêmica sobre nossos atletas olímpicos é o uniforme que usarão na abertura e no encerramento dos jogos de Paris, é sinal de que está tudo bem do ponto de vista esportivo, o que me deixa mais tranquilo. Quer dizer, me deixa tranquilo, eu não estava menos e fiquei mais tranquilo. Para dizer a verdade, eu estava indiferente, nem querendo me envolver muito. A razão dessa indiferença, confesso,

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O remo é nosso

Numa pesquisa rápida, descobri que já no século XVIII se disputavam provas de remo. Ou seja, em algum momento o que era meio de transporte para uns e trabalho para outros se transformou em brincadeira, um pega nas águas. O Tamisa foi palco das primeiras competições organizadas, promovida por estudantes de Oxford e Cambridge. Ou seja, com o que uns trabalhavam, os bem-nascidos inventaram de se divertir. A universidade sempre

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Upa, cavalinho

O acaso junta, no Largo da Carioca, o maltratado e o maltrapilho. O primeiro tem levado uns coques do cotidiano, uns beliscões da vida profissional, uns não-me-toques do amor. As finanças vão no mesmo ritmo, apesar da roupa nova, da camisa de grife. O maltrapilho, não é de hoje, transita na estrada dos derrotados. Abandonou a família e o emprego, minto, depois de poucas e boas, foi demitido e abandonado

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Ondas de Paris

A partir de uma treta que atinge o surfista Filipe Toledo, bicampeão mundial, o jornalista Adrian Kojin, na revista Piauí, faz um bom apanhado do esporte, que transformou, em pouco tempo, o Brasil em potência. Hoje somos campeões olímpicos, título obtido por Ítalo Ferreira, em Tóquio, quando o esporte entrou na competição. A treta é a seguinte: nosso surfista, na primeira etapa do Circuito Mundial de Surfe, abandonou a competição

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Time olímpico

Leio que o Brasil deverá ir com um grupo de atletas menor às Olimpíadas da França do que foi em outras oportunidades. O número ainda não está fechado, mas não alcançará o de Tóquio. A não classificação das seleções masculinas de futebol e handebol respondem por boa parte desse recuo. De toda forma, as atletas são a maior parte de nossa equipe, o lado bom da coisa. A comissão técnica

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