Paris 2024

Vive la tolérance!

Abertura de grandes eventos sempre gera polêmica, mas, até um tempo atrás, em torno da beleza. No máximo se falava em ter chovido no molhado, quer dizer, num evento como o das Olimpíadas, quando o país conta um pouco de sua história, explora sua cultura, isso aconteceria se o show só mostrasse o óbvio. No caso da França, seria, por exemplo, explorar apenas o can-can ou, de forma linear e

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RODINHAS CORRENDO SOLTAS EM CIMA DE CORRIMÕES E ESCADARIAS.

Passei duas manhãs assistindo às provas de skate, street skate, para ser preciso. Achei bem interessante as movimentações.e habilidades dos participantes e, claro, torcendo para as garotas e garotos brasucas. Me emocionei com o lance da Rayssa levando a medalha na última manobra e fiquei triste com a eliminação do japonesinho simpático no masculino. Daqui a pouco começa as finais dos garotos. Temos um brasileiro disputando, vamos torcer, claro. Mas,

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As meninas num domingo

É domingo. Sem missa nem praia, mas com céu de anil. Ops! Aqui, no inverno a alguns graus do equador, mas no verão de Paris o céu é de nuvens leves e branquinhas. Não importa, é dia de tomar um preguiçoso café em frente à TV, sentindo a brisa que vem da varanda. São sete horas da madrugada. E a menina Raissa Leal está lá com fones de ouvido, unhas

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Iluminai-vos, Da Vinci!

Louvre, Paris, 26 de julho do ano de 2024. Estimado Leonardo, Trago-te novidades sobre teu afresco L’Ultima Cena. Acredito que, em 1495, algumas informações retratadas, não eram de teu conhecimento e, penso ser sentato, corrigí-las, caso contrário, infalivelmente, serás sufocado pelas imposições atuais. Quinhentos e vinte e nove anos após tua produção, os apóstolos foram renumerados e passaram a ser dezesseis. Além da discrepância nos números, relato-te que os missionários

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DOMINGO DE MISSA?

Antigamente, domingava indo à missa, depois ia jogar bola até chegar a hora do almoço, com a tradicional macarronada. * Hoje, raramente vou à missa, mas descobri a mesma rima para completar meu domingo: domingo de Rayssa, domingo de Larissa. * Medalhas de bronze para ambas, com sabor de ouro ou prata. * Larissa no judô, venceu uma italiana campeã mundial, aliás muito parecida com a brasileira. Foi comovente o

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O vencedor

Tenho profundos respeito e compaixão por perdedores. Não os negligentes, indiferentes, preguiçosos, conformados, entregues aos desígnios do destino. Mas aos que francamente choram suas perdas. Guilherme Costa dedicou seus preciosos tempos de infância, adolescência e quase adultice para conquistar um podium, pendurar no peito uma medalhinha que fosse, bronze estava bom, merecidamente bom pela dedicação de uma vida inteira, ainda que tenra, mas intensa de nobreza. E foi essa nobreza

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Um grand delírio à francesa – Da abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024

Ah, mes amis, que espetáculo! Que delírio! Que sublime loucura francesa! A abertura dos Jogos Olímpicos de Paris foi diferente, foi ousada, foi um autêntico vaudeville que só mesmo os franceses poderiam conceber. Bem-vindos a Paris, mes amis!, onde 85 barcos transportaram mais de 6 mil empolgados e saltitantes atletas através do rio Sena renascido para este espetáculo jovem e tônico em suas águas. Ah, o Sena, rio de tantos

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SONETOLÍMPICOSONETOLÍMPICO

Luta, surfa, corre, mira, nada, joga, ergue, abaixa, pula, boxa, soca, atira, salta, encesta, acerta, marcha. Treina, sua, esforça, chora, perde, ganha, ri, gargalha, cai, levanta, treme, cora, lança, dança, vence, falha. Triunfa, machuca, chuta, entrega, controla, insiste, respira, espera, escuta. Bate, rebate, resiste, gira, cavalga, compete, abraça, brilha, repete: rema, veleja, desansa, pedala, agarra, derruba, urra, suspende, geme, torce, aplaude, surpreende, se solta, relaxa, se assusta, abala. Sobe, desce,

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Escrever: um esporte olímpico de grandes atletas

Escrever é como praticar uma modalidade olímpica, um lugar de desafio e superação, com uma mágica sensação de desbravar os limites humanos. Uma necessidade, uma brincadeira, um ganha pão, um hábito, uma religião e um universo fascinante. Na escrita temos pedras no caminho, piscinas geladas, campos esburacados, falta de estrutura, roubo do material, má formação, descaso, violência, pecado, frustração e até uniformes feios. É uma luta, um exercício de resiliência,

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O árbitro que não deu o apito final

Ah, as Olimpíadas! O evento que celebra a excelência esportiva, e… bem, eis que surge a nova habilidade de transformar um jogo de futebol em uma bizarrice sem tamanho e com direito ao gol de empate da Argentina ser anulado duas horas, isso mesmo, DUAS HORAS depois de um jogo supostamente encerrado. Só que o árbitro não deu o apito final. Repita comigo: o árbitro não apitou o fim da

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