Crônica

O baile ou o calção de Ana Patrícia e Duda

Entardecer de sexta-feira. Termino o último compromisso. Ponho o vinho branco no gelo e ligo a TV. Meu coração aos saltos. Primeiro set, que alívio. O segundo aperta o meu peito de um jeito que acho que desta vez não escapo. Tie-break. Respiro. E elas estão lá pra me dizer: calma, vai ter jogo. E teve. A coisa esquenta. O DJ entra em campo: “Imagine all the people living life

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PIREI NAS OLIMPÍADAS

– Desenha-me um camelo? Imaginem qual foi a minha surpresa quando essa vozinha estranha me acordou de meu cochilo. – Desenha-me um camelo? Esfreguei bem os olhos. Olhei ao meu redor. E vi aquele homenzinho que me observava seriamente. Então caiu a ficha. Era o Pequeno Príncipe. Mas então o desenho era outro. Falei: – Não seria um carneiro? O principezinho sumiu e aí vi que ainda estava sonhando, e,

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O SOTAQUE OLÍMPICO

Sou carioca, filho de mineiros. Vivo no Rio de Janeiro desde que nasci e só troquei a beira-mar pela serra, há 4 anos. Mas tem um sotaque gostoso e que eu reconheço nas primeiras palavras, que me recorda a infância, a adolescência e uma boa parte da juventude. Primeiro foi a cozinheira da família, baiana arretada, que comia pimenta malagueta direto da planta. Minha referência, conselheira, carinhosa, protetora. Depois o

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UM DIA DE FORTES EMOÇÕES

Foi desolador e difícil de aceitar a derrota do vôlei feminino. Destas coisas que custa acreditar. Dou de ombros e confesso: inexplicável. Mas sabemos que “nada é inexplicável”, tudo acontece dentro de padrões, que podem se desdobrar quase ao infinito. Perdemos! Ponto. Hoje não jogamos o fino como de outras vezes. Não tivemos a energia avassaladora de outras partidas! Assistindo angustiado as dificuldades iniciais, cheguei a ter a impressão de

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NOVOS HAIKAIS DE PARIS

Salto em distância: o velhinho exagerou atingiu a infância. * Difícil de crer: lançou dados e não dardos. Foi o Mallarmé. * criador de casos discorreu profundamente sobre metros rasos. * foi o vencedor deu pernadas, mas agora tá é com dor. * quem quer animar pugilista deprimido socado em seu lar? * a prova mais árdua adivinhar cada uma bandeira da África. * resmungou baixinho: no vôlei era muita

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Notas parisienses

As Olimpíadas, esse espetáculo de suor, desodorante vencido, lágrimas e sorrisos forçados, chegaram a Paris como um velho amigo que sempre come e nunca paga a conta. Na cerimônia de abertura, as luzes brilham mais do que os sonhos dos atletas. Como se a Torre Eiffel tivesse se matriculado em uma aula de belly dance aeróbica. Os halterofilistas desfilam, carregando as esperanças de nações inteiras nas costas. Pena que o

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Alguns tipos de torcedores

Sabichão: conhece todas as regras, de todos os esportes, e o olhar, apurado, é de juiz. Costuma ser chato, por isso os amigos o mantêm bêbado. De ocasião: nunca se liga em esporte. No domingo, quando estão todos vendo futebol ou basquete ou vôlei, se entretém com memes na internet, com telefonemas para velhos amigos, com umas nostalgias que até doem. Mas nas Olimpíadas, vê de ginástica artística a golfe,

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Antes da rivalidade, empatia!

Nessas Olimpíadas vimos de tudo. Ainda que em meio à disputa pelo ouro e as melhores posições, um ato de sororidade não poderia passar despercebido. No auge da competição, em meio à adrenalina e à tensão, um instante de humanidade roubou a cena na quadra de handebol. Tamires Morena, jogadora brasileira, protagonizou uma cena que vai além da busca por medalhas e coloca em evidência o verdadeiro espírito olímpico. Tudo

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Fera Latina: a medalha de ouro da chilena Francisca Crovetto

No dia quatro de agosto, por volta das 10 e meia da manhã, levanto-me, vou até a cozinha e passo o café enquanto lavo a louça da noite anterior. Nesse meio tempo, pego o telefone e coloco em um canal de esportes qualquer. Para ser honesto, as Olimpíadas têm dessas coisas. Em um momento trivial de um domingo matinal , o telespectador acaba vendo feitos heroicos diante de seus olhos,

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Monumentos que valem a pena admirar em Paris.

Saindo do Louvre, siga em frente e você logo encontrará o monumento Beatriz Souza, na esquina. Não vou dizer aqui – você deve reparar na beleza do monumento, na genuína alegria estampada em seu rosto- claro, não é correto induzir, mas é legal ressaltar que se você se aproximar, ouvirá uma voz emocionada falando Deu certo mãe! Pai, eu consegui- cada um enxerga e ouve muitas qualidades numa obra de

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