A primeira que cheguei em Paris, me senti em casa. Não pela língua, que não entendia quase nada, nem pelo trânsito, caótico como em qualquer grande cidade, mas, pela atmosfera, Explico melhor: o cheiro, as cores, os sons que emanam da cidade me extasiaram de uma forma que minha cabeça girou e fiquei totalmente apaixonado por aquela cidade. Voltei a Paris durante 20 anos todos os anos, até que parei de viajar. Parei por motivos econômicos, claro, mas também porque cansei de cruzar o Atlântico em voos longos e muito cansativos. Hoje, ao escrever sobre os Jogos Olímpicos que acontecerão em Paris, me deu uma nostalgia imensa.
Se tivesse um pouco da loucura que tinha há 10 anos, pegava um avião e iria para lá, para ver a cidade enfeitada pela maior festa do esporte mundial. Nunca fui a uma olimpíada, estive perto da de Tokio quando participei, junto com o Jack Ronc, de um concurso da revista Times de anúncios para os Jogos Olímpicos de Tokio. Nosso anúncio ficou em segundo lugar e ganhei a medalha, mas não a viagem para os jogos. Pena, creio que iria gostar muito de sentir o clima dos jogos participando como convidado de uma olimpíada. Tudo bem, de qualquer forma, voltando para Paris, seria demais estar novamente na cidade que eu amo assistindo a disputas incríveis dos melhore atletas do mundo em todas as modalidades. Claro que não vou, mas estarei ligado e assistindo a tudo que tiver rolando na telinha do meu computador. Paris, Paris, que bom ter você desfilando por um mês na minha frente,