Um vai disputar o ouro na natação. Quem ouve, logo duvida. Já o outro prefere correr os 100 metros rasos. Quase ninguém acredita. Ela disse que nasceu para jogar vôlei sentado. Como assim? – pensam os incrédulos. No badminton, dizem, a moça é um arraso. Em comum entre eles, apenas uma característica: são todos Pessoas Com Deficiência. E nós, os mortais em total integridade de nossos corpos, assistimos bestificados às proezas impressionantes que esses atletas da superação alcançam. Para eles não existem limites, barreiras só na pista de corrida com obstáculos. Aliás, toda a vida deles é uma corrida cheia de desafios e dificuldades.
Mas eles superam. Eles seguem em frente. Eles vencem.
Nós, inteiros e plenos, assistimos a tudo isso, sentados em nossos sofás. Os olhos na tela da tevê e o pensamento perdido em tentativas vãs de encontrar uma explicação para essas proezas.
O que fica de mais marcante em tudo isso é a ruptura total e absoluta entre o que entendíamos até aqui como impossível. Seja lá o que isso signifique, esqueceram de explicar a esses super-humanos incríveis e invencíveis. Por enquanto, eles seguem em frente, buscando suas medalhas e suas merecidas glórias. E, se você duvidar, é bem capaz de eles superarem de longe as suas expectativas.