MELHOR DEIXAR COM ELAS

Não tem como tapar o sol com a peneira. Nem couvrir le soleil avec um tamis. A verdade é que as meninas tomaram para si a responsabilidade. Só uma delas, já nos garantiu três medalhas: ouro, prata e bronze, esta conquistada em equipe com as companheiras Jade, Flávia, Lorrane e Júlia. Sem falar na de platina pelo sorriso, pela simpatia, pelo carisma.
No vôlei, na quadra ou na areia, só elas acertam uma cortada em cheio bem no meio dos nossos corações de torcedores. Perguntem à Thaísa, à Gabi, à Rosa Maria ou à Carol.
Isso, quando nossas garotas não estão voando em cima de um skate, né Rayssa?
Mas na porrada, também, elas não precisam de ajuda: estão aí Larissa e Bia Ferreira para comprovar. De patota, então, Rafaela Silva, Beatriz Souza e Ketleyn Quadros ajudaram os rapazes a derrotarem adversários gringos de todos os matizes. E adivinha quem ficou com o ouro no judô? Nossa Beatriz Souza, mais do que merecidamente.
Houve até, diga-se, uma inédita paridade de gênero entre os participantes dos Jogos Olímpicos de Paris. Metade dos mais de 10 mil atletas classificados são mulheres. Viram, meninos?
E isso porque elas ainda enfrentam inúmeros desafios, como dificuldades com patrocínios de marcas e direitos de transmissão, entre outros. E não apenas no Brasil. Pois é, meu amigo. Ser mulher não é para qualquer garoto.
Mas o mercado, essa entidade tão esperta, já está de olhos bem abertos para o potencial financeiro dos esportes femininos. E os fãs, de ambos os sexos, começam a se acostumar a ver mulheres cada vez mais presentes nos pódios.
Para um país em que uma ministra cheia de pudicícia dizia que meninos usam azul e meninas usam rosa, já é um avanço e tanto. Não é não?

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