SORRISO OLÍMPICO

Zapeando pela TV, tive a felicidade de assistir algumas finais da Paralímpiada Paris 24. Apesar de ser de opinião de que o mais importante é participar, não pude deixar de observar algo exclusivamente dos vencedores: o brilho do olhar! Se alguém ainda não reparou, por favor, faço o convite: vejam, pois tem muito a revelar, a ensinar!
O sorriso do vencedor(a) de qualquer modalidade Paralimpíca é único, não se compara com nenhum outro. É um sorriso, antes de qualquer coisa, FELIZ. Lembra o extâse presente em figuras angélicas de alguns mestres da Pintura. Por exemplo, Rafael.
O vencedor da prova paralímpica paira entre o humano e o divino (não vejo risco de blasfêmia, pois um dos pilares do Cristianismo é o Deus que se fez humano!).
O sorriso de cada vencedor nas modalidades dos Jogos Olímpicos pode ser apreciado sob vários ângulos: sorriso orgulhoso, sorriso desafiador, alegre, o sorriso daquele que suplantou adversários e outras vicissitudes. Não raro a comemoração deixa escapar desabafos ou mesmo raiva (relembrai-vos da famosa frase de Mario Jorge Lobo Zagallo: “vocês vão ter que me engolir!”)
O sorriso do vencedor na Paralimpíada é um sorriso que nasce de dentro para fora; é um sorriso para fora, mas antes para si mesmo, para o seu interior e assim se eterniza. É, assim, um brilho diferente dos vencedores convencionais, pois a medalha e os louros simbolizam a imensa solidariedade entre aqueles (as) companheiros(as) de prova e de destino, onde não há lugar para o efêmero.
Justo. Pois a vida não é efêmera!

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