O INVENCÍVEL ESPÍRITO OLIMPICO

Dentre as muitas tentativas da humanidade de promoção da paz, justiça e fraternidade entre povos, a mais convincente deve ser a realização das Olimpíadas Modernas – malgrado fracassos e decepções – desenganos, como diria o filósofo do Samba, Martinho da Vila!
Organismos internacionais – ONU, tribunais Internacionais, Organizações, Tratados, Blocos, Reuniões de Cúpula, e diabos a quatro, todos acumulam fracassos monumentais, não obstante sua validade. É que no geral são engolidos por interesses outros, sucumbindo aos caprichos do mais rico ou do mais forte. Derrotados impiedosamente pelos discursos ou pelas armas!
O “Espírito Olímpico”, síntese das ideias pacifistas do Barão Pierre de Coubertin, passados 128 anos da Primeira Olímpiada dos Tempos Modernos (1896) continua firme. Algumas vezes (pra não dizer o tempo todo!) é vilipendiado, como no caso de quem quer a vitória a qualquer preço, até mesmo usando falcatruas. Porém, o espírito olímpico ressoa sempre forte. Até mesmo mais forte que a plasticidade do espetáculo e ninguém ousa refutar que o espírito olímpico está morto – nem Nietzche, se pudesse!
Ao ser declarado o início dos “Jogos”, o espírito olímpico prevalece como principio básico. Vitórias e recordes estão destinados a serem superados, agora ou daqui a 1.000 ano; mas ninguém vai refutar o sentido de que “o importante é competir”. Esse princípio humaniza os atletas e por tabela, a todos nós! Esteja onde estiver, ressurge, incólume, o Barão Pierre de Coubertin, que sempre fica com a palavra final.
Cada Olímpiada, realizada no período de 4 anos, é sempre uma oportunidade para refletir e compreender a História e nossa presença neste mundo tão diverso. Alguém ganha, alguém perde. Existe algo além disso? O pensador italiano Benedetto Croce chamou a atenção para a importância da periodicidade. Os jogos poderiam ser uma metáfora, oportunidade para a reflexão e compreensão, de nós e do que nos cerca. Escreveu Croce:
“Pensar história é dividí-la em períodos”.
Ou seja, a cada período, a cada Olimpíada, mesmo entre as disputas ferrenhas, se oferece uma “chance para a paz…”

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