não em definitivo essa não foi a Olímpiada da meritocracia, foi do esforço despojado: nada menos neoliberal que a babaquice da exclusão competitiva, da lacração de alteridades, do cancelamento ortodoxo : nem falo em Olímpiada porque foram plurais Jogos Olímpicos : deu prá todos e as tribos todas emergiram em pluralidades: os ´hipster´ fizeram a festa nesses tempos tranZmodernos mundo em transe sem garantias rígidas : o ´naif´ sem ser tola de Fadinha e também Rebecca , o performático Douglas de Souza do vôlei e agora o estilo ´root´de Pedro do skate sem falar dos veganos, demisexuais, das galeras que perambulam de metrô e transporte coletivo, ainda os anti-natalistas que decidem curtir e refletir a vida adoidado receosos de pôr filho nesse mundo onde o ego impera como sistema vigente: a imagem que fica é do lindinho Tom Daley fazendo tricô de boa nem aí com a torcida enquanto espera sua atuação nos jogos ornamentais: tinha que ser britânico! Londres é campeã em forjar individualidades que exorbitam de originalidade e não me digam que o ´nonchalance´ foi inventando pelos franceses…..claro que ainda acho que parte da juventude é reacionária: mas para esses a juventude representa uma babaquice eterna : essas gerações que me fascinam são dos que nasceram sob égide internética mas mantêm o híbrido com o analógico do tricotar a vida epidermicamente ou os ´millennials´ que nasceram com a afirmação do pluralismo globalizado e o arco-íris introjetado…. não escrevo tese de mestrado, nem ensaio : afirmo que é crônica aos de bermuda que lêem Oscar Wilde, aos que alternam o skate com violoncelo, os surfistas que cultiva m livros de Ailton Krenak e os ginastas que treinam ouvindo Phlip Glass…. informalidade com densidade, envolvimento com desnudamento de alma…. o jovem atleta tricotando tece o fio de Ariadne para nos ajudar sair desse labirinto de excesso de consumo sem recheio de espirito…..
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Flávio Viegas Amoreira
Escritor, poeta, contista, romancista, dramaturgo e jornalista. Nascido em Santos em 1965, atua como agitador cultural em São Paulo, Rio de Janeiro e Litoral Paulista em projetos de discussão de temas ligados a artes de vanguarda, saraus poéticos e oficinas de criação literária. Já lançou 14 livros entre eles: “Maralto”, “A Biblioteca Submergida”, “Contogramas”, “Escorbuto, Cantos da Costa”, “Edoardo, o Ele de Nós”, “Oceano Cais”, “Desaforismos”, “Pessoa doutra margem”. Também participou de diversas antologias de poesia e conto, incluído a “Geração Zero Zero”, antologia que reúne os mais inquietos e inovadores autores lançados na primeira década do século XXI e organizada pelo crítico literário Nelson de Oliveira. Escrevendo para teatro, cronista, atuante em redes sociais com criação literária online e arte digital, Flávio Viegas Amoreira é considerado um dos mais ativos escritores paulistas e agitadores intelectuais da Novíssima Literatura Brasileira.
Crédito da foto: Isabel Carvalhaes
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