tranzmoderna

Em toda disputa , controvérsias. Ainda um enigma bater o martelo sobre autoria da deliciosa definição literária: ´´O romance sempre vence por pontos, enquanto o conto vence sempre por nocaute.´´ Epigrama que vale toda chatice da teoria jakobsiana quem o teria disferido na mosca? O boxeur Hemingway ou o dândy platino em Paris Julio Cortazar? Fico sempre ´encafifado´ como um juiz disposto ao VAR sobre critérios de avaliação crítica sobre autores, textos em disputa e a linha de pênalti duma dada premiação artística, especialmente literária. Pontifico em oficinas criativas que subjetividade não é corrida de cavalo para cravar Eça contra Machado, Chaplin versus Buster Keaton ou Beckett sobre Ionesco: não , não sem essa de ´´por una cabeza´´ ortodoxamente firmada , jamais o ´match point´dilacerante, o ´tie break´ peremptório a mandar um jovem escritor plantar batatas machadianas ou abrir uma boutique na Oscar Freire….Até hoje titubeio na primazia de protagonista no jogo de duplas Orson Welles / Joe Mankiewcz , na soma de sets entre Picasso & Matisse e nas variações do ´complexo de vira-latas´ de Santos Dumont versus Irmãos Wright ou no real insight de argumentos ´´A Sucessora´´de Carolina Nabuco sobre ´´Rebecca´´ de Daphne Du Marier. Observando desempenhos, arremessos matadores, lances livres me sinto aliviado de tanta intelecção : afinal os jogos olímpicos são hora do recreio para um cronista que foge das elocubrações sobre o que é crônica, como compô-la decentemente eu que faço ´proesia´ esse mix sem desempate da prosa e poesia onipresente na areia grossa dos saibros da mente….

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