Ana Marcela nome composto porque a maratona é múltipla e tem cara de olímpiada mesmo porque sem aparato no elemento natural no ´´ mar belo mar selvagem das nossas praias solitárias ´´ como nos poemas de Vicente de Carvalho ( poeta parnasiano quem de lembrar há ?) eu também nascido diante o mar híbrido meio santista meio sampauleiro sonho com essa mistura da Paulista com o cais e vem Ana Marcela despojamento atlântico nos olhos uma polinésia nascida na Bahia nadando no mar paulista porque São Paulo tem mar e mítico mar mais bonito que qualquer mar do Japão convenhamos meio sem graça dum cinzento plúmbeo Ana Marcela soa atleta plena porque todos sentidos toda ela sinestesia de elementos sorriso franco e pura raça sangue & maresia nos olhos toda cadência braçadas duma determinação hercúlea ( com olímpiada meio pleonasmo adjetivo ) nada da mesma forma com que busco o que escrevo por similaridade não contíguo cada impulso tão diferente resultando da mesma forma ! Ana Marcela nada por paronomásia ! moldando uma parábola mântrica no círculo das águas : não é natação é maratona tudo todo ao mesmo tempo numa simultaneidade quântica sem horizonte além da linha de chegada posta num em sinapses ondeando no ritmo pulsando cada átimo ….Ana Marcela medalha de ouro mas tanta coisa nessa prova sobre prova que me veio em brisa a memória doutra multi-nadadora desse mesmo mar paulista : Renata Agondi que sucumbiu para virar exemplo de luta no Canal da Mancha quando Ana Marcela ainda nem era nascida em Salvador de mar todo aconchego até que nesse inverno brasileiro doutro lado do planeta fizesse mais sentido do que nunca o bordão insuperável do antologicamente chato Galvão Bueno : ´´vai que é tua Ana Marcela!´´ porque diante da tua persistência ate os chatos são redimidos…. entre o mar da Bahia e o mar de Santos , Ana Marcela !
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Flávio Viegas Amoreira
Escritor, poeta, contista, romancista, dramaturgo e jornalista. Nascido em Santos em 1965, atua como agitador cultural em São Paulo, Rio de Janeiro e Litoral Paulista em projetos de discussão de temas ligados a artes de vanguarda, saraus poéticos e oficinas de criação literária. Já lançou 14 livros entre eles: “Maralto”, “A Biblioteca Submergida”, “Contogramas”, “Escorbuto, Cantos da Costa”, “Edoardo, o Ele de Nós”, “Oceano Cais”, “Desaforismos”, “Pessoa doutra margem”. Também participou de diversas antologias de poesia e conto, incluído a “Geração Zero Zero”, antologia que reúne os mais inquietos e inovadores autores lançados na primeira década do século XXI e organizada pelo crítico literário Nelson de Oliveira. Escrevendo para teatro, cronista, atuante em redes sociais com criação literária online e arte digital, Flávio Viegas Amoreira é considerado um dos mais ativos escritores paulistas e agitadores intelectuais da Novíssima Literatura Brasileira.
Crédito da foto: Isabel Carvalhaes
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