Huxley nos defenda….

imaginar que um programa aplicativo o que seja de aparato de inteligência artificial capaz de compor um poema ? os exoesqueletos e os carros sem ´chauffeur´ ( sou do tempo desse termo pedante ) já estão pelas beiradas mãos biônicas os hologramas onipresentes mas inegável que a ´maneirice´ das dos atletas todas todos todes brasileiros ( qual neutro de gentilícios ?)  não são reproduzíveis em modo digital algum !  faz me falta o sem noção de Richarlison Everton ( adoro a inventividade dos pais diante do tabelião ) ante o pênalti mal dado sua precariedade de menino ainda por se fazer craque que é mas falta a tal maturação, maturidade que só o tempo que não se cria por moto contínuo nem combustão espontânea ! já li todo Aldous Huxley possível e só fiquei no lance psicodélico : di vido mesma canseira com o admirável mundo novo …. gosto que me enrosco observar os detalhes semiológicos nas entrelinhas de jogos e jogadores: o meu pensador predileto do dessa tranZmodernidade ,  Biung-Chul Han consegue páginas e páginas sobre destreza brasileira na depilação e as axilas foram capítulos a parte neste Tóquio 2021 sintomaticamente fora de hora e sem numero redondo . os beijos, os amassos depois das premiações, a máscara de um , os ademanes / cacoetes de nervosismo , todos rituais estranhos de jogadoras e triatletas quanta matéria para cronistas que sempre recorreram a miudezas desde tempos do velho Rubem : passarinho, viagem de ônibus, dificuldade em abrir sardinha em lata ou inabilidade social num jantar de empresa: tudo é magma para a irrupção forçosa de nossa imaginação tirada ‘a fórceps! vida longa a nossos tropeços diante da folha em branco ainda que seja uma tela sedenta: não morra a necessidade de nossa criatividade num mundo sem ritos e sacralidades…

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