Eu bem que poderia estar indo a Paris…

Eu bem que poderia ter me programado para ir a Paris durante as Olimpíadas.
Todo mundo ama Paris. Mesmo que não a conheça pessoalmente. Para quem leu Hemingway, então… “Paris é uma festa”. Esse vai ser um chavão bem manjado, eu aposto.
Bastou eu postar nas minhas redes sociais o Card anunciando estar “escalada” para elaborar as crônicas olímpicas que várias pessoas comentaram: “me leva” ou algo parecido.
Acho que os decepcionei quando revelei que não iria para lá, que escreveria daqui mesmo. Percebo agora que não deveria tê-lo feito. Quem sabe ao menos devesse ter mantido o suspense, não dizer que sim, nem que não, deixar que imaginassem que eu estava observando tudo lá bem de pertinho… Daria um charme especial às minhas crônicas.
Eu bem que poderia ter me programado pra ir a Paris durante as Olimpíadas. Tirando o fato de que tudo está ou estará mais caro do que já é. Eu deveria ter ao menos pesquisado…
Imaginem! Eu, hospedada num hostel do mais simplesinho, sem falar uma palavra de francês, exceto “avec ma poupée”, a única frase da qual nunca me esqueci, do aprendizado da escola.
Depois eu me dirigiria de metrô para os locais de competição. “Très chic”. Opa! Mais uma que acabei de aprender…
No dia seguinte eu me sentaria em um café tipicamente francês e, comendo um croissant, eu escreveria minhas impressões a respeito de tudo.
Posso imaginar um pouco essa cena, porque neste exato momento estou sentada à mesa de um café, não em Paris, mas aqui no Brasil mesmo, em Guarulhos, a cidade onde moro. O Alameda Café é bonito e aconchegante, um ambiente muito agradável, por sinal, onde estou comendo meu croissant, tomando meu café, imaginando e escrevendo as palavras iniciais desta jornada olímpica.
Mas eu bem que poderia estar indo a Paris…

Compartilhar:

Curta nossa página no Facebook e acompanhe as crônicas mais recentes.