Imagina estar em casa, nadando por águas calmas, e de repente ter seu aquático mundo invadido. E que diferente do morador, as estranhas invasoras usam pés e mãos para nadar?
Sabemos que numa Olimpíada o foco são os atletas, aqueles que competem em modalidades esportivas, mas se fosse possível uma licença não poética mas artística nessa edição, Tóquio deveria conceder ao fotógrafo por trás dessa obra uma medalha de ouro.
Jonne Roriz, do Comitê Olímpico Brasileiro, o COB, captou o exato momento em que um peixe saltava enquanto a brasileira Ana Marcela competia na Maratona Aquática na Marina de Odaiba, e onde peixe e público (à distância) viram a nadadora do Brasil conquistar a medalha de ouro.
Nas Olimpíadas com restrição de público por causa da pandemia da Covid-19, é um privilégio para poucos poder assistir tão próximo a uma competição… e mais, sem a obrigatoriedade do uso da máscara.
Quem dera ser um peixe.
Foto: Jonne Roriz
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Elisa Marina
Jornalista e escritora.
Formada em Comunicação Social desde 1996, já trabalhou para revistas renomadas, como a Vogue, onde o seu editor, o escritor Ignácio de Loyola Brandão, prefaciou o seu segundo livro recém-lançado de contos. “Quando” (Penalux, 2021) soma-se a “Filhos do Silêncio” (Penalux, 2016), seu romance de estreia na literatura. Nesta ficção, a narrativa aborda a gravidez em decorrência de um estupro. Atualmente também trabalha como revisora de texto e presta serviços de assessoria de comunicação.
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