Mano-obras!

Mano-obras!

No meu passado muito distante, as minhas tentativas em cima de um par de patins foram deveras desastrosas. Muitas informações que não se encaixavam: equilibrar-se, curvar o tronco levemente para frente, flexionar um pouco os joelhos, arriscar um primeiro passo, no caso o direito, dar um impulso, e rapidamente trazer junto o pé esquerdo, para então deslizar sobre o asfalto, ou qualquer solo firme e seguro.
O skate, então, passou longe de qualquer possibilidade, impensável ficar em pé no equipamento, que dirá aventurar-se em manobras aéreas.
Como eles conseguem? Como elas fazem? Concluo que skatistas sejam artistas que criam obras de arte no ar, competidores que pintam quadros fora das telas, dando vida ao que convencionou-se chamar de manobras.
A nós, mortais, resta-nos admirar, e por que não gritar diante do espetáculo: MANO, QUE OBRA!

Foto: Amaury Rodrigues

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