Durante a Copa do Mundo Feminina de 2019, escrevi uma crônica dedicada à Marta – Ela que me faz um navegador – incluída no livro “Futebola”, em que reunimos as crônicas futebolísticas minhas e da Fernanda de Aragão sobre os mundiais de 2018 e 2019.
Minha paixão pelo futebol, portanto, não me permite começar as publicações dos Jogos Olímpicos 2020 sem ser pelo esporte favorito e novamente por ela, a rainha. Mesmo porque, antes mesmo da abertura oficial, ela e mais 10 entram em campo amanhã cedinho pra dar o chute inicial de fato ao maior espetáculo esportivo do planeta.
Mas desta vez não quero tecer loas aos dribles da Marta, maior jogadora de futebol de todos os tempos, o Pelé em corpo de mulher. Quero falar de outra coisa: da vida dessa menina simples que virou moça e mulher realizando sonhos e conquistando praticamente tudo.
Me apaixonei por sua história ao ler o livro “Marta – a menina que descobriu o futebol” (Editora Arribaçã), com texto de Daiana Targino e ilustrações de Williana Fernandes.
Escrito todo em rima, o livro recorre a diversos elementos da cultura nordestina para contar essa história. Fala de Dois Riachos, em Alagoas, onde Marta nasceu e passou a infância, da paixão pelo futebol e da habilidade nata para praticá-lo, dos preconceitos sofridos, dos desafios enfrentados e da superação de cada um deles.
A adolescente Marta foi pro Rio de Janeiro, onde jogou primeiro no Vasco. De lá chegou à seleção, de onde partiu pra ganhar o mundo, a Suécia e os Estados Unidos, recordes, títulos, medalhas.
Craque em tudo que faz, Marta ainda tem tempo de defender direitos humanos e igualdade de gênero, combater a violência contra a mulher, os preconceitos, ser embaixadora da ONU.
O lindo livro publicado pela Arribaçã se destina ao público infantojuvenil mas emociona qualquer leitor que se interesse por histórias humanas.
Nesta madrugada de quarta, às 5h da manhã, Marta e suas companheiras entrarão em campo para representar esse Brasil do lado bom da força. Toda força e todo bem aos nossos atletas olímpicos!