REBECA, A INESQUECÍVEL

Pronto: acabou a polêmica. Inesquecível mesmo não é a Rebecca de Alfred Hitchcock ou de Daphne du Maurier ou da Sucessora, de Carolina Nabuco. Ficará eternamente inesquecível é a brasileirinha Rebeca Andrade, medalha de prata, coração de ouro.
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O livro da britânica Daphne inspirou o suspense de Hitchcock. Mas bem antes, Carolina havia escrito A sucessora. Só que bem mais antes, José de Alencar escrevera Encarnação – o mesmo tema de um viúvo que se casa novamente, mas não consegue se esquecer da esposa morta.
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Plágio à parte, prata é mais prático: Entre Simone e Sunisa, brilha Rebeca, ginasta leve e livre e ensolarada. Ficará inesquecível, encarnando sua saga e garra, resgatando aquilo que o pai de Carolina Nabuco escreveu sobre escravidão e abolicionismo.
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É preciso acrescentar mais um capítulo no grande livro da formaçao do povo brasileiro. Joaquim Nabuco e Darcy Ribeiro iriam ter muito a dizer sobre o que a descendência afro tem feito para tirar o Brasil do ostracismo nos Jogos Olímpicos.
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Sem plágios, apenas o prestígio da prata. Inesquecível Rebeca, prata da casa.

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