INCONVENIENTES NOTAS PARALÍMPICAS

Os deuses do Olimpo, lá de longe, consideram as próprias Olimpíadas como paralímpicas: para eles, todos humanos são deficientes.
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Criaturas do folclore brasileiro reivindicam direito de participarem de jogos paralímpicos: Saci Pererê assinou um manifesto, com apoio do Curupira e da Mula sem Cabeça.
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Desculpem esta nota, mas há também, em um mundo paralelo, a estranha olimpíada de personagens de ficção: Quasimodo, de Victor Hugo, no sobe e desce das escadas de Notre Dame, merece alguma medalha; Wolverine é que demonstra ter mais garra para as competições; o Homem Aranha não encontra rival no salto em distância; sentadinho em sua cadeira, o Professor Xavier tudo controla e orienta atletas a terem pensamentos profundos nas corridas de cem metros rasos.
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Brasileiro ganha bronze no lançamento de disco. Há mais tempo, Nelson Ned recebeu prata por lançar disco cantando que tudo passa, tudo passará.
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Vendo os esportes em que os atletas participam sentados em cadeiras de rodas, não seria oportuno transplantar para o futebol brasileiro algumas simples cadeiras para os jogadores sentarem durante a avaliação do Var?

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