Jade é uma das pedras preciosas. No mundo dos minérios, ela traz sorte; nas Olimpíadas, medalha. Um bronze que representa o ouro; a conquista dourada construída por mais de 20 anos de resiliência, formação e excelência.
Reza a mitologia grega que os Jogos Olímpicos nasceram com Hércules em homenagem a seu pai, Zeus, nos idos de 2.500 a.C. Mais adiante, já em 776 a.C., contam os filósofos que as Olimpíadas teriam realmente ocorrido em homenagem aos deuses, à expressão artística e à interação entre os povos gregos.
Jade Barbosa não poderia sequer assistir às Olímpiadas na Grécia antiga; mas certamente estaria debatendo e filosofando nas Ágoras de Atenas. Será que Pitágoras teria um teorema com seu nome? Parmênides ficaria com as obrigações da família, enquanto ela influenciaria Platão.
Jade Barbosa é uma pedra preciosa e Homero teria “escrito” Ilíada” e “Odisséia” baseada em seus feitos. Contaria os seus 18 anos dedicados à Ginástica Artística, mencionaria as medalhas nos Pan-Americanos, Mundiais e a participação em Pequim-2008 e Rio-2016. Comporia um poema pela sua participação em Paris-2024, uma verdadeira ode à importância desta mulher no Esporte brasileiro.
Tal como a pedra preciosa, Jade traz harmonia. É líder. É a irmã mais velha. Chora em Pequim-2008. Briga com a CBG. Reconstrói. Chora na Rio-2016. Vira comentarista. Nova reconstrução. Chora em Paris-2024. Sorri. Abraça. Chora. Mostra a medalha. É fashion como as roupas que cria. Sofre, cuida, apaixona-se. Tem 33 anos. Aparece em todas as TVs e fala de forma pausada, de forma simpática, de forma que encanta. Jade Barbosa. Exemplo de Mulher. Jade Barbosa.
Dr. Sócrates diria que o Brasil precisava de mais Jades em todas e quaisquer esquinas deste país.
A voz rouca das ruas gritaria “Jade para presidente”. Se não for lá no Planalto, que fosse no COB.
Eu apenas escreveria que uma pequena lágrima encerrou esta ode junto com o lirismo deste ponto final.