Carlos Castelo

Crônicas publicadas no projeto.

Au revoir

Sentirei falta de narradores chatos transmitindo ping-pong como final de Copa. Sentirei falta de acordar cedo para assistir a uma prova de tiro com arco e descobrir que perdi a final porque ela já havia acabado há duas horas. Sentirei falta de tentar entender as regras do badminton e me perguntar por que aquilo é um esporte olímpico. Sentirei falta de ver gente competindo em esportes que ninguém liga, como

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Notas parisienses

As Olimpíadas, esse espetáculo de suor, desodorante vencido, lágrimas e sorrisos forçados, chegaram a Paris como um velho amigo que sempre come e nunca paga a conta. Na cerimônia de abertura, as luzes brilham mais do que os sonhos dos atletas. Como se a Torre Eiffel tivesse se matriculado em uma aula de belly dance aeróbica. Os halterofilistas desfilam, carregando as esperanças de nações inteiras nas costas. Pena que o

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Aforismos para uma Olimpíada – II

– Apesar dessa abertura das Olimpíadas, nós sempre teremos Paris. – COB revela: delegação brasileira iniciou treinos para aplaudir os vencedores de medalhas. – Se a Argentina ganhar uma medalha de ouro, eles a darão ao Brasil, tipo “nós lhe devemos um monte de dinheiro” ? – Extrema-direita torce para ouro brasileiro no tiro. – Nossas chances no rugby feminino são as mesmas de um cacto sobreviver no Polo Norte.

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Ouro em consumo

As Olimpíadas foram criadas para atletas amadores. A beleza dos Jogos é a união de povos em uma competição limpa, com fairplay, sem violência. Olimpíada não é guerra por medalhas. No entanto, o que se vê em transmissões de TV, e outras, é o oposto: um ufanismo barato, beirando o jeca. A patriotada televisiva dá o tom em Paris. Tudo bem, ânimo e amor pelo país é justo e desejável.

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Olimpíada do mau humor

Enquanto o mundo se prepara para celebrar a excelência esportiva e a união dos povos, os parisienses estão prontos para competir em uma disciplina que dominam como ninguém: a irritação. Com o caos das obras, o aumento insuportável do trânsito, a invasão de turistas e os preços exorbitantes das hospedagens, os moradores de Paris encontram-se em uma maratona diária de frustração e neurastenia. E agora, com o espírito olímpico mais

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Aforismos para uma Olimpíada

Nada como alguns aforismos esportivos para nos aquecer antes das Olimpíadas de Paris. Diante do flagelo da seleção CBF de futebol na Copa América, será muito bem-vindo assistir modalidades completamente diferentes do ludopédio por um bom tempo. Não vejo a hora de presenciar, por exemplo, uma acirrada competição de marcha atlética ou uma refrega de esgrima. São atividades que, com certeza, me farão esquecer o semblante do Ednaldo. Aliás, para

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Os gansos olímpicos

Há fatos que nos fazem questionar a sanidade humana: guerras, a bomba atômica, certas seitas fanáticas e a declaração de Imposto de Renda Pessoa Física. O badminton, essa ilustre modalidade olímpica, também nos leva a descrer de nossa raça. Convenhamos, em que outro esporte dois adultos — supostamente em plena posse de suas faculdades mentais — se dedicam a balançar raquetes para lançar, para lá e para cá, uma peteca

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Nanocrônica

Foram longos anos de guerra. Os vermelhos contra os verde-amarelos. Depois de tantas agressões ficaram todos roxos. E, apesar de levantarem a bandeira branca, a economia do país nunca mais voltou a ficar no azul. Já a Seleção, apesar de verde-amarela, sempre deixou todos rubros de orgulho.

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Amor olímpico

O nosso amor É uma competição esportiva Cada jogada é decisiva E influi no cômputo geral (Nosso amor é anormal…) O seu beijo Vale por uma raquetada O seu abraço é uma espada Que esgrima com o meu punhal Você é louca pra abusar da violência Só de um juiz eu sinto ausência Para apitar os seus penais (Lá nas jogadas principais) Nesse basquete Só porque arremesso errado Vou logo

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Grupo de zap em Tóquio

Tarciso: Boa noite de Tóquiooooo, galere do zap! Rosaninha: Boa noite, irmão. O pai tá bem? Tarciso: O veio tá entrando direto na breja japonesa. Curtiu! Rosaninha: Não deixa ele manguaçar que descontrola o açúcar. Tarciso: Relax. Mãe: Já encontraram o Nocão, o Barba e o Sancho? Sancho: A bença, dona Meire, tá todo mundo aqui no hotel com o Tarciso e o seu Tote. Mãe: Ai, graças à minha

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