Prorrogação e intervalo

Mesmo com o equivalente a um primeiro tempo de uma prorrogação, mais um intervalo, concedidos como “acréscimos” pela árbitra da partida de hoje de futebol feminino, o Brasil derrotou e desclassificou as donas da casa com um placar de 1 a 0, diante de um estádio repleto de franceses “qui n’a pas cru”. E sem a nossa rainha Marta, olhem só, que depois de ter sido expulsa no jogo anterior, só por ter confundido a cabeça de uma jogadora com a bola…rsrs, teve de assistir de camarote à melhor apresentação do time até agora.
Confesso que estava tendo dificuldades de escrever minhas crônicas diante de um número decepcionante de “quase lás” e algumas derrotas inexplicáveis, com penalizações no judô, no boxe, na canoagem, entre outras, que eu, como leiga, fico sempre achando que tem um ou outro juiz passando a mão nos atletas brasileiros.
Mesmo depois das espetaculares medalhas da ginástica artística, com a incrível Rebeca Andrade, as graciosas Flavia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Júlia Soares; no judô, com esse ser de luz que é Bia Souza, com Willian Lima e Larissa Pimenta; na marcha atlética, com Caio Bonfim; no skate com a super Rayssa Leal, com aquela diferentíssima e criativa abertura no rio Sena, eu ainda estava travada.
Mas hoje tudo se clareou na minha mente. O coração pareceu que ia explodir, mas depois do apito final, voltou a bater no seu compasso normal e a oxigenar meus neurônios. Prevejo que esta será uma olímpiada inesquecível para nós e para todos. Que chovam ouros, pratas e bronzes durante a próxima semana, de preferência nos pescoços brasileiros!

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