UM FLORETE PARA OLÍMPIO NORONHA
Não sei se vocês sabem, mas no Sul de Minas Gerais há uma cidadezinha, com menos de 3 mil habitantes, denominada Olímpio Noronha. Mas, se computarmos os Noronha espalhados pelo Brasil e pelo mundo, há de convir que a cidade se desdobra em arquipélagos e chega até ao antigo reino das Astúrias.
A origem dos Noronha é espanhola, esse sobrenome tem o significado de energia vital, mas há eruditos que o associa à força e fúria de um javali.
Entretanto, quero tratar é de por que o nome do fundador da pequena cidade é Olímpio. Ora, segundo dados históricos, psicografados, transportados pictoricamente pelos irmãos Aquino Noronha (Luigi, Lengo e D’Aquino) e até investigados pelo abduzido Oriental Luiz de Noronha, de São Tomé das Letras, Olímpio se chama o que se chama pelo charme da chama olímpica. Seus genitores eram dados à Grécia Antiga e fanáticos pelos gloriosos jogos.
E esgrima é um dos esportes que enfeitiçou os Noronha. Espada, sabre, florete – não importa a arma, o importante é a elegância, a cautela sutil em não manter o contato corporal, evitando ferir o adversário.
O grande momento em Olímpio Noronha ocorreu nos Jogos Olímpicos de Amsterdã, em 1928: nessa época, o esgrimista português Mário López da Vasa César Alves de Noronha obteve a medalha de bronze na categoria de florete. Dizem que na cidade mineira fizeram uma estátua em bronze, com um florete. Porém, um desgovernado caminhão leiteiro chocou-se com o monumento, e a partir daí o florete desapareceu.
As novas gerações desconhecem isso, que eu atesto, comprovo, e jamais assinaria em baixo, pois não sou um sabre tudo.