Eu devia estar jogando Crash Bandicoot Warped, folheando um gibi do Chico Bento, observando o caracol andar na grade do quintal, ou devia estar pestanejando o porquê que a minha mãe sempre me pedia para regar as benditas flores do quintal, quando ouvi a palavra Olimpíadas. Da boca de quem saiu nunca soube.
Foi diferente conhecer um campeonato que não fosse de um monte de homem marmanjo correndo atrás de uma bola.
Então quer dizer que Ginástica Artística, Correr, jogar Tênis e nadar também é esporte!? Mamma Mia!
Que era chato ter de desligar o videogame, pausar o filme no DVD, ou sentar direito no sofá para caber a família toda durante a partida do Guga na olimpíada, só os noventistas poderão dizer.
O que ninguém tem coragem de dizer é que vinte minutos depois, estamos roendo as unhas de nervoso vendo aquele jogo boboca de tênis rolar nas mil partidas!
‘’Mas não eram só 45 minutos de tempo!?’’ ‘’Ah, é… Este é o futebol, verdade!
Não é que achei até que legal esta tal de olimpíadas. Olha como é bonito um belo salto com vara, como são bonitas e atléticas estas moçoilas da ginastica artística. De repente, toda a chateação feromônica juvenil se esvai, e aceitamos as emoções do novo esporte, entrando na nossa vida.
Claro que depois, mais maduro, ficou muito mais interessante esta tal de olimpíadas, quando soube que foi um movimento vindo da Grécia, e que sua origem rolou como um ritual religioso em homenagem a Zeus.
Sabecomé né, os gregos eram literais demais, então como não diferenciavam carne de espírito, era esporte paixão mesmo! Vai entender…
E o mais louco é que a primeira que assisti foi lá nos idos de 2004, quando a internet era Speedy, jogávamos fazendinha no Facebook e a Daiane dos Santos se despontava como atleta olímpica.
Do que eu mais curti nesta época? Era saber que além de sermos liberados das aulas para assistir o Brasil, os mascotes olímpicos Ato, Nick e Kas (sim, eu ainda sei de cor estes nomes, chupa Google!) eram mó diferentões!