Tricotando

não em definitivo essa não foi a Olímpiada da meritocracia, foi do esforço despojado: nada menos neoliberal que a babaquice da exclusão competitiva, da lacração de alteridades, do cancelamento ortodoxo : nem falo em Olímpiada porque foram plurais Jogos Olímpicos : deu prá todos e as tribos todas emergiram em pluralidades: os ´hipster´ fizeram a festa nesses tempos tranZmodernos mundo em transe sem garantias rígidas : o ´naif´ sem ser tola de Fadinha e também  Rebecca , o performático Douglas de Souza do vôlei e agora o estilo ´root´de Pedro do skate sem falar dos veganos, demisexuais, das galeras que perambulam de metrô e transporte coletivo, ainda os anti-natalistas que decidem curtir e refletir a vida adoidado receosos de pôr filho nesse mundo onde o ego impera como sistema vigente: a imagem que fica é do lindinho Tom Daley fazendo tricô de boa nem aí com a torcida enquanto espera sua atuação nos jogos ornamentais: tinha que ser britânico!  Londres é campeã em forjar individualidades que exorbitam de originalidade e não me digam que o ´nonchalance´ foi inventando pelos franceses…..claro que ainda acho que parte da juventude é reacionária: mas para esses a juventude representa uma babaquice eterna : essas gerações que me fascinam são dos que nasceram sob égide internética mas mantêm o híbrido com o analógico do tricotar a vida epidermicamente ou os ´millennials´ que nasceram com a afirmação do pluralismo globalizado e o arco-íris introjetado…. não escrevo tese de mestrado, nem ensaio : afirmo que é crônica aos de bermuda que lêem Oscar Wilde, aos que alternam o skate com violoncelo, os surfistas que cultiva m livros de Ailton Krenak e os ginastas que treinam ouvindo Phlip Glass…. informalidade com densidade, envolvimento com desnudamento de alma…. o jovem atleta tricotando tece o fio de Ariadne para nos ajudar sair desse labirinto de excesso de consumo sem recheio de espirito…..

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