Paris 2024

Temas atravessados

Envolver-se na atmosfera olímpica é ter oportunidade de pensar os temas que cruzam nossos dias ao sabor do acaso. O inesperado. Assim como uma baleia que de súbito resolve fazer o seu Aéreo no mar de Teahupoo. Outside, é claro, mas roubando a cena promovida pelas câmeras focadas em uma competição de surf. Embora não fosse tão inesperado assim, um gol do atacante francês Jean-Philippe Mateta deu a vitória da

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“Ripa na chulipa e pimba na gorduchinha.”

Osmar Santos, nos anos 80, eternizou o chute ao gol no país do futebol, com a inesquecível frase “Ripa na chulipa e pimba na gorduchinha.” Ao lado dele, caminhavam juntos Silvio Luiz e Luciano do Valle, transmitindo o esporte de forma emocionante e tarimbada. Mas o tempo é cruel e nos submeteu a uma geração de narradores esportivos engessados e retilíneos, com personagens sem o conhecimento real do esporte. Malemá

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“Ripa na chulipa e pimba na gorduchinha.”

Osmar Santos, nos anos 80, eternizou o chute ao gol no país do futebol, com a inesquecível frase “Ripa na chulipa e pimba na gorduchinha.” Ao lado dele, caminhavam juntos Silvio Luiz e Luciano do Valle, transmitindo o esporte de forma emocionante e tarimbada. Mas o tempo é cruel e nos submeteu a uma geração de narradores esportivos engessados e retilíneos, com personagens sem o conhecimento real do esporte. Malemá

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FALAR DE ARTE NO DUARTE

Imaginemos um bar que é também mercearia, daquelas bem suburbanas. Ali se vende tudo e, aos sábados, TV ligada, se vê de tudo. Pois é, em tempos de Jogos Olímpicos, lá na Mercearia do Duarte, pros lados de Venda Nova, na Grande BH, a turma está de olho na Rebeca, na Simone, na Beatriz, todos aquelas lindas moças cor de bronze que cobiçam também a prata e ouro. Mas há

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NEM SÓ DE VITÓRIAS SÃO AS GLÒRIAS

No handebol feminino, a Seleção brasileira jogava contra a seleção angolana e ganhava com relativa tranquilidade, apesar de ter uma responsável direta: a goleira Gabi, que pegava até pensamento. Lá pelas tantas do segundo tempo, uma jogadora de Angola, Kassoma, se contundiu gravemente, ficando caída dentro da área brasileira. Primeiro foi a goleira Gabi que lhe deu um primeiro atendimento. Depois, ao ser constatada a gravidade da lesão, a brasileira

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Aforismos para uma Olimpíada – II

– Apesar dessa abertura das Olimpíadas, nós sempre teremos Paris. – COB revela: delegação brasileira iniciou treinos para aplaudir os vencedores de medalhas. – Se a Argentina ganhar uma medalha de ouro, eles a darão ao Brasil, tipo “nós lhe devemos um monte de dinheiro” ? – Extrema-direita torce para ouro brasileiro no tiro. – Nossas chances no rugby feminino são as mesmas de um cacto sobreviver no Polo Norte.

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O tão desejado Ouro é dela, é nosso!

Desde cedo, Beatriz treinava inspirada por seu pai que também era judoca, desde então o caminho para o pódio olímpico não foi nada fácil. Treinando incansavelmente, enfrentando adversidades e superando expectativas, ela chegou a Paris carregando não apenas um kimono com a bandeira do Brasil no peito, mas também o sonho de milhões de brasileiros que viam nela uma inspiração. E foi assim que essa garota de 26 anos, que

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Foi pela vó

Nem bem saio do Pingue Pongue (Tênis de Mesa), após sofrimento interminável pela semifinal do brasileiro que acabou perdendo, caio no judô. Judô é todo complicado, não dá pra entender as regras direito, as lutas são chatas, mas competitivas e às vezes até emocionantes. Vejo uma negra alta (1,78m) e pesada (115kg), serena, cara boa, que naquele momento pode parecer tudo, menos atleta. De quimono azul com bandeirinha do Brasil

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Mulheres negras

Bia Souza, Rebeca Andrade, Marta, Simone Biles, Camala Harris, Valdileia Martins… Alguns anos atrás, participando de um encontro do Mulherio das Letras, movimento feminista que reúne a mulherada do meio literário, tive o insight: quem vai nos salvar são as mulheres pretas. Ninguém mais que elas reúne em si a dupla exploração, muitas vezes tripla ou pior, por ser mulher e por ser preta. Mais que ninguém elas têm a

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OURO FALA

Tudo o que Bia é ouro. * Paris não é tão longe: onde Judas perdeu as botas. Paris é onde o judô nos deu medalha de ouro. * O ouro fala, Beatriz ousa, Beatriz Souza: A Bia que brilha faz Israel ajoelhar-se. * Allons femmes du notre pays. Marchons marchons, com Caio Bonfim, enfim, primeira medalha de prata nessa modalidade. * Le jour de gloire est arrivé: merci, Caio; merci,

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